terça-feira, 24 de junho de 2008

e enquanto eu não me despacho...

e enquanto eu não me despacho..., se quiserem ver alguns dos locais por onde passei e dos quais escrevi aqui, podem fazê-lo no Travel Channel nos seguintes horários:

quinta-feira, 26 Junho - 15:00
Earthwalkers: Halong Bay - Vietnam

sexta, 27 Junho - 15:00
Earthwalkers: Nha Trang, Vietnam & Yangshuo, China

segunda-feira, 30 Junho - 7:00
Earthwalkers: Phnom Penh-Cambodia & Cairo-Egypt

segunda-feira, 30 Junho - 15:00
Earthwalkers: Vientiane - Laos

terça-feira, 01 Julho - 15:00
Earthwalkers: Hue - Vietnam

domingo, 8 de junho de 2008

Ainda não acabou... :-)

Para terminar decentemente o capítulo da Indochina deste blog... vou ainda escrever, nos próximos dias (já em Portugal e de volta ao trabalho), mais um post em que vou tentar resumir/realçar alguns dos pontos mais marcantes e o que fica desta viagem.

Por isso, deêm mais um salto cá, lá por volta de Domingo dia 15, para lerem/verem o post final.

Cambodja: Phnom Penh

Como tudo tem um fim, eu termino a minha viagem em Phnom Penh, a capital do Cambodja. A cidade em si não é muito interessante pois há muitas zonas muito desorganizadas, sujas e com um cheiro nauseabundo (uma mistura da poluição emitida pelos veículos motorizados e, nalguns casos, lixo em decomposição).

De qualquer das formas tem alguns pontos de interesse dos quais destaco os que estão relacionados com o Khmer Rouge, o regime ditatorial perpetrado por Pol Pot, que enquanto durou (1975-1979) dizimou cerca de 2 milhões de cambodjanos com o objectivo de começar do zero apagando tudo o que estivesse relacionado com o passado, principalmente, governantes e seus familiares mas, não só...


O primeiro local que visitei foram os denominados "Killing Fields" que tal como o nome sugere era o local, a 17 km do centro da cidade, onde executavam barbaramente homens, mulheres e bebés, predominantemente à noite. A forma como os bebés eram executados fez-me lembrar o humor negro "Sabes quantos bebés são precisos para pintar uma parede?...", que imaginava que ninguém faria nada de parecido mas, pelos vistos, estava enganado. Uma vez agarrados pelas pernas, os bebés eram lançados contra uma árvore perante o olhar impotente das mães que tinham de assistir a tudo isto antes de serem elas próprias executadas... (aumentem a imagem à direita e leiam as inscrições nas placas...)

O segundo local é Tuol Sleng, ou S-21 Prison, que inicialmente era uma escola secundária mas que foi adaptada para prisão durante o regime de Pol Pot, onde eram (também barbaramente) torturados e interrogados os opositores ao regime. Hoje, aqui podemos encontrar fotografias das pessoas executadas (fyi, antes de executadas todas as pessoas eram fotografadas), as celas onde os presos eram postos e torturados tendo até uma ou outra ainda sangue no tecto, repito, no tecto, resultante de espancamentos...

É tamanha a carga emocional deste local que há relatos, nomeadamente de um amigo do meu guia que é segurança à noite neste local, de se verem/sentir fantasmas... (deixo à liberdade de cada um acreditar ou não :-))


quarta-feira, 4 de junho de 2008

Siem Reap: Angkor Thom & Ta Prohm & Angkor Wat

Como alguns de voces tem-me pedido para por mais fotografias, aqui vao mais algumas imagens de Siem Reap.

O templo de Bayon caracterizado pelas torres de 4 faces que se encontra localizado no interior de Angkor Thom, uma cidadela que chegou a ter 4 milhoes de habitantes por alturas do seculo XI-XII.
















Ta Prohm que foi o cenario do filme Tomb Raider, com as suas arvores tipicas enraizadas nas pedras do templo.




Duas fotografias de Angkor Wat tiradas ao amanhecer e que me obrigaram a levantar 'as 4h30... (a segunda tem uma particularidade para os mais atentos...)




Mas, infelizmente nao foi possivel assistir a um nascer do Sol como deveria ser :-( pois esta nao e' a melhor época do ano. A altura mais apropriada e' compreendida entre Fevereiro e Abril.

Para terminar, uma visao do alem!... :-)


terça-feira, 3 de junho de 2008

Cambodja: Siem Reap

Ontem cheguei a Siem Reap - Cambodja e logo de inicio comecei a gostar disto. Para comecar, o aeroporto e' o meu favorito d'entre todos os que ja' visitei ate' hoje. Nao e' um aeroporto "chapa 5" como, por exemplo, o do Porto e de Shanghai. E' original e muito acolhedor, tirando partido da vantagem de ser um pais tropical!

Depois, em Siem Reap nao temos a confusao do transito tipica das cidades asiaticas (feio, desorganizado e barulhento) tal como encontrei tanto em Hanoi como Ho Chi Minh City. E' engracado ver barracas ao longo da estrada onde vendem gasolina (ilegal) 'a garrafa 0,5 USD mais barata do que nas bombas!!!







Ao almoco pus-me logo a comer coisas boas (mais uma cozinha que aprecio bastante) comecando por uma prato tipico chamado Amok (peixe cozido em ervas, amendoim e leite de coco com especiarias Khmer, servido no interior de um coco novo) e como aperitivo/acompanhamento uma bela salada de papaia verde salteada com amendoim. Uhm!...



Da parte da tarde avancei para Angkor Wat, o templo mais emblematico do Cambodja sobre o qual apenas vos deixo algumas imagens...



Apesar de muito interessantes os templos tem um grande problema, devido 'a grande instabilidade que houve no pais muitos dos artefactos mais valiosos/importantes foram roubados e algumas estruturas ja' colapsaram ou correm esse risco. Por isso, apressem-se...




Ontem vi umas canas de bamboo com arroz 'a venda e decidi experimentar. Delicioso. E' arroz pegajoso (para relembrar Laos :-)) com alguns feijoes pretos e cozido dentro da cana de bamboo. Sabe mesmo bem comer aquele arroz suculento com o toque dos feijoes e a pelicula de bamboo! Uhm...


E' pena e' que apenas se encontre disto 'a venda nas ruas e nao se possa comer num restaurante a acompanhar a comida. Ontem provei e hoje voltei a matar saudades!!!






...e, para acabar o dia, fui jantar a um restaurante com um espectaculo de danca Apsara. No final foi hilariante ver os japoneses a subirem ao palco, a la penetra sem qualquer jeito, para tirarem fotografias com as bailarinas quando elas todas subiram ao palco para se despedirem do publico.




Antes de acabar este post, seguindo a sugestao do Carlos, aqui vao umas dicas para quem vier para estes lados:

- de chinelos e ate' se pode tornar perigoso quando se sobem alguns templos mais ingremes e com degraus minusculos;

- outra coisa a nao esquecer tambem e' repelente de insectos. Tal como li outro dia, e' para usarmos como se fosse desodorizante! Como os templos sao na selva ha' muitos mosquitos!

E, para terminar, deixo-vos com uma fotografia de mais um olhar penetrante.

Ho Chi Minh City


No ultimo dia que estive em Ho Chi Minh City, mais conhecida pelo antigo nome de Saigao, tive o privilegio de pelo manha ir visitar os tuneis de Cu Chi e ficar espantado com os 200km de tuneis que os Vietcongs e populares construiram para se defenderem dos americanos, sem qualquer planeamento, puramente tentativa-erro.

Vejam do lado esquerdo este "wanna-be vietcong" num dos esconderijos e do lado direito um dos tuneis construidos. Chamo a atencao para o facto do tunel, alem de ser muito escuro (foi o flash que fez milagres) estar de momento alargado (para caberem turistas) mas, mesmo assim, tive de andar la' praticamente de gatas!!! A sorte e' que os vietcongs eram mesmo pequenos. Contudo, estes tuneis tambem eram muito pequenos para eles o que os obrigava a rastejar com alguma frequencia.

Outros factos que me deixaram impressionados refectem a creatividade e vontade que os Vietcongs tinham em defender o seu pais. Como eles nao tinham grandes apoios, o calcado de combate eram umas sandalias feitas a partir de borracha de pneus usados... algumas minas e granadas eram feitas a partir das bombas lancadas pelos americanos que nao chegavam a explodir, eles desmontavam e aproveitavam as pecas... depois, montaram muitas armadilhas semelhantes 'as usadas para cacar animais na selva (exemplo: espetos em bamboo).



Na parte da tarde resolvi dedicar a tarde toda a vaguear pela cidade (a melhor forma de ficar a conhecer uma cidade e a sua vida), passando pelo War Remnants Museum que nao tinha planeado visitar. Como li algumas criticas positivas resolvi dar uma espreitadela. Muito interessante! A nao perder! Porem nao e' um museu light (nao aconselhavel para os mais impressionaveis) pois as fotos e relatos que estao la' por vezes impressionam. La' podemos encontrar, entre outros: noticias sobre os 3 americanos que se queimaram vivos como forma de protesto do ataque americano; medalhas de generais americanos que ofereceram ao museu acompanhado por um pedido de desculpas do ataque...; descricoes das torturas aplicadas aos prisioneiros pro-vietnamitas; as vitimas do gas laranja com o qual os americanos deixaram muitas marcas durante e APOS a guerra; desenhos de como as criancas vietnamitas veem hoje a guerra do Vietname (a imagem seguinte e' de um desenho feito por um miudo de 12 anos).









Eu se fosse americano acho que me envergonharia ao visitar este museu!...





Mais havia para contar mas tera' de ficar para mais quando regressar pois quero ir aproveitar mais! :-)


P.S. Para os curiosos que gostariam de saber porque esta cidade nao se chama mais Saigao, isso deve-se ao facto de, apos a guerra do Vietname, terem pretendido apagar todos os vestigios/lembrancas do apoio aos americanos. Saigao e' uma cidade do sul do Vietname cujas classes socias mais elevadas e o governo (fyi, nessa altura havia o Vietname do norte e do sul) apoiaram os americanos por, nomeadamente, temerem a unificacao do Vietname, o que significaria perder o poder por serem menos populares que o Ho Chi Minh.