domingo, 8 de junho de 2008

Cambodja: Phnom Penh

Como tudo tem um fim, eu termino a minha viagem em Phnom Penh, a capital do Cambodja. A cidade em si não é muito interessante pois há muitas zonas muito desorganizadas, sujas e com um cheiro nauseabundo (uma mistura da poluição emitida pelos veículos motorizados e, nalguns casos, lixo em decomposição).

De qualquer das formas tem alguns pontos de interesse dos quais destaco os que estão relacionados com o Khmer Rouge, o regime ditatorial perpetrado por Pol Pot, que enquanto durou (1975-1979) dizimou cerca de 2 milhões de cambodjanos com o objectivo de começar do zero apagando tudo o que estivesse relacionado com o passado, principalmente, governantes e seus familiares mas, não só...


O primeiro local que visitei foram os denominados "Killing Fields" que tal como o nome sugere era o local, a 17 km do centro da cidade, onde executavam barbaramente homens, mulheres e bebés, predominantemente à noite. A forma como os bebés eram executados fez-me lembrar o humor negro "Sabes quantos bebés são precisos para pintar uma parede?...", que imaginava que ninguém faria nada de parecido mas, pelos vistos, estava enganado. Uma vez agarrados pelas pernas, os bebés eram lançados contra uma árvore perante o olhar impotente das mães que tinham de assistir a tudo isto antes de serem elas próprias executadas... (aumentem a imagem à direita e leiam as inscrições nas placas...)

O segundo local é Tuol Sleng, ou S-21 Prison, que inicialmente era uma escola secundária mas que foi adaptada para prisão durante o regime de Pol Pot, onde eram (também barbaramente) torturados e interrogados os opositores ao regime. Hoje, aqui podemos encontrar fotografias das pessoas executadas (fyi, antes de executadas todas as pessoas eram fotografadas), as celas onde os presos eram postos e torturados tendo até uma ou outra ainda sangue no tecto, repito, no tecto, resultante de espancamentos...

É tamanha a carga emocional deste local que há relatos, nomeadamente de um amigo do meu guia que é segurança à noite neste local, de se verem/sentir fantasmas... (deixo à liberdade de cada um acreditar ou não :-))


1 comentário:

Carlos Manta Oliveira disse...

Eu quero é saber é quem é a jeitosa de chapéu de palha!

E já agora, quando é a famosa sessão de fotografias. :D